domingo, 13 de junho de 2010

O quão distante é preciso ir
para viver uma vida roubada
milimetricamente inventada
sem que se sinta a culpa de mentir?

São necessárias quantas ilusões
para que se torne verdade
essa versão utópica da tua história
que destoa de toda tua realidade?!

Quanto tempo ainda te falta
Até tua máscara cair
para que aceites de volta a velha vida
E pares então de fugir de ti?

O que te faz pensar
Que devemos ao mundo
E a todos que nele circulam
Mais do que eles puderam nos dar?

Analise o teu redor
Só assim conseguirás entender
A angústia que te corrói
E o vazio que não consegues preencher

Saberás então
Que se esquivar da própria essência
É a maneira mais longa e tola
De se livrar dessa dormente torpeza

Sendo o que não és
Esquecendo o que já se foi
fantasiando o aqui e o agora
sem se importar com o amanhã e o depois