sexta-feira, 31 de julho de 2009
esfregando o ego no asfalto
- Se eu pensasse em você, provavelmente o desprezaria.
(diálogo do filme Casa Blanca)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
ponto de partida
segunda-feira, 27 de julho de 2009
desassossego
Mas, é só seu olhar ir de encontro ao meu e todo meu corpo entra em colapso. Meu coração, que já vinha numa batida sôfrega e lenta por tristeza de funcionar sem você, bate em descompasso, como se quisesse acompanhar o ritmo do seu. Enquanto isso, eu faço um esforço sobre-humano para me manter de pé, porque minhas pernas já entraram em dormência profunda, atrapalhando minha vontade de sair correndo dali e evitar que você perceba meu rosto ruborizar. Em fração de segundos, você rouba meu oxigênio e me impede de pensar com coerência, misturando o certo e o errado e espantando de vez toda a razão que me protege de você.
Então, quando me encontrar na rua, entenda se eu desviar seu olhar do meu. É que eu ainda preciso de todo meu corpo funcionando em cadência constante para que eu consiga dar um passo à frente e deixar você para trás.
domingo, 26 de julho de 2009
Alta noite já se ia
Quando finalmente conseguiste escutar
Os pensamentos que tentaste calar
Entre as buzinas dos carros
E o caos da manhã
Mas tão logo que te permites divagar
Já surge um inconsciente bloqueio
Que te faz não querer mais pensar
Sobre o que te fez chegar onde estás
É concebível para ti
Viver nesse conflito interno
Entre o “se” e o não
Criando um plano paralelo
Ressuscitando personagens
Nesse palco de alucinação
Montas um enredo quase que perfeito
De amor, luxúria e tentação
Mas a aurora te desperta
Dessa doce e suave fantasia
De que é possível construir castelos
Com migalhas de lembrança e nostalgia
É quando atentas então
Para a crua realidade
De que o que refúgio que criaste
Não passa de uma fina mistura
De ficção, memórias e contraste
quinta-feira, 23 de julho de 2009
à francesa
sexta-feira, 17 de julho de 2009
com licença, você vai embora
Esqueça as ligações intermináveis, em que falávamos coisas só de nós dois. E, mais ainda, aquelas em que nada se conversava e que apenas pairava um silêncio profundo, mesmo que se estivesse desmaiando de sono, ou às vezes até dormindo, porque a vontade naquele momento era apenas a de sentir o outro perto.
Você se resumirá a mais um capítulo mal resolvido e bem encerrado, cheio de reticências e espaços em branco, onde não existe mais "eu e você", assim, unidos por uma conjunção aditiva. E sim você, de um lado, e eu, no outro extremo, separados por um ponto final.
Mas, para isso, terei que fazer uso de todas as minhas forças mentais e esgotar todo o meu potencial de racionalidade, mesmo que eu corra o risco de sofrer um AVC. Só assim eu consigo condicionar a minha cabeça a mandar no meu coração. Porque esse ainda não pensa, só sente. E, ultimamente, sente muito a sua falta.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quanto mais eu rezo...
larguei o terço
e virei agnóstica
Para me livrar de você
tomei whisky
e vergonha na cara