segunda-feira, 19 de outubro de 2015
Sobre Ela
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 24 de dezembro de 2012
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
dor que consome, que me deixa
enrolada nos lençóis quando o sol
já apareceu na janela,
e mudou de posições,
há tempos.
é dor que você não entende,
que não sente,
mas que vê,
refletida em mim.
é dor que não se consola,
mas, isola
meu corpo do seu.
é dor sufocada,
amarrada num saquinho plástico
jogado num rio qualquer.
é dor intermitente, infernal, sem fim.
sem final feliz.
até voce chegar,
pegar na minha mão
e mostrar que voltou
para tirar tudo que é dor
de perto;
de mim.
não há o que se fazer agora.
o sono vai calar o medo silente
que seu coração sente
quando desconfia
de que quer do meu ser
independente.
tenha calma, meu amor
e espere para ver
nosso amor seguir adiante
e quem sabe descobrir
que seremos melhores do que nunca fomos
ou do que nunca iremos ser.
terça-feira, 28 de agosto de 2012
Mero acaso
quarta-feira, 8 de junho de 2011
Universo Paralelo
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Carnavalia
-->
-->
domingo, 22 de agosto de 2010
Blue eyes
domingo, 13 de junho de 2010
O quão distante é preciso ir
para viver uma vida roubada
milimetricamente inventada
sem que se sinta a culpa de mentir?
São necessárias quantas ilusões
para que se torne verdade
essa versão utópica da tua história
que destoa de toda tua realidade?!
Quanto tempo ainda te falta
Até tua máscara cair
para que aceites de volta a velha vida
E pares então de fugir de ti?
O que te faz pensar
Que devemos ao mundo
E a todos que nele circulam
Mais do que eles puderam nos dar?
Analise o teu redor
Só assim conseguirás entender
A angústia que te corrói
E o vazio que não consegues preencher
Saberás então
Que se esquivar da própria essência
É a maneira mais longa e tola
De se livrar dessa dormente torpeza
Sendo o que não és
Esquecendo o que já se foi
fantasiando o aqui e o agora
sem se importar com o amanhã e o depois
domingo, 2 de maio de 2010
Talvez, eu devesse ter dito algo. Mas, meu orgulho me privou da minha eloqüência peculiar e me impediu de dar algum sinal indicativo de que eu ainda o queria por perto. Porque, apontar mais uma vez seus erros e poucos acertos transformaria meu discurso em um pleonasmo enfadonho, e eu já tinha feito uso de todas as minhas figuras de linguagem tentando apontar o caminho das pedras.
Então, você preferiu construir um amor novo a tentar emendar o nosso.
Achou melhor abrir feridas em outros corações, porque os da gente já estavam estilhaçados demais com tantas inverdades ditas com o único propósito de machucar, numa disputa interminável para vencer discussões que não levariam a lugar nenhum, a não ser ao nosso fim.
E eu pensei que não fosse agüentar. Tornou-se insuportável vê-lo ocupar um lugar que não aquele que eu tinha reservado para você, ao meu lado.
Meu coração vacilava e diminuía o pulso com cada tentativa inconsciente sua de nos destruir e se afastar de mim. Mas, eu resisti.
E, agora, você não entende enquanto eu tento mostrar que, remendar os pedaços que sobraram de nós não dá nem para formar um romance clichê de sessão da tarde.
domingo, 28 de março de 2010
Isso vai passar.
Esse aperto no peito vai afrouxar enquanto você for se distraindo, seguindo pela vida e pelos braços de outros amores, oferecendo um pedacinho de sua dor e ilusão, em troca do amor recebido, mas que você não correspondeu.
E vai passar tão rápido que não dará tempo de colecionar lembranças, para depois ter que provar aquela sensação amarga de conforto e agonia que a nostalgia traz.
Aquele nó na garganta, que dá quando se engole o choro, vai desatar, porque não existirão mais caquinhos para catar do amor que você deixou ruir e quebrar nas suas mãos.
E, assim, você vai continuar, embolando-se em sentimentos e lençóis alheios, só para não mais sentir tudo isso que você está sentindo agora, enquanto eu digo que chegou o fim.
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
segunda-feira, 14 de setembro de 2009
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Ela já estava desistindo. O sino nunca mais tinha batido; não como bate quando se tem quinze anos e uma brincadeira de bem-me-quer-mal-me-quer decide o amor da nossa vida, que nos chega todo óbvio, arrebatador e com cara de felizes para sempre. Até que o “para sempre” morre dentro da gente e carrega o amor todo junto, deixando só um buraco cheio de saudade e medo de não sentir aquilo tudo de novo. Daí a gente cresce, outros amores aparecem. Só que diferente. Agora, eles são todos subjetivos, disfarçados de desdém e joguinhos de eu-só-quero-quando-você-não-quer. Tudo porque ela ficou esperando o sino bater de novo e não se deu conta que o amor também pode aparecer sutil, devagarzinho, sem fazer barulho, em doses homeopáticas. E, às vezes, até ficar de vez.
domingo, 23 de agosto de 2009
domingo
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
platônico
Por favor, não me peça atenção. Nada do que você fale me soará mais interessante do que poder contemplar todos os pedacinhos que compõem seu ser, um a um, até me perder por completo na anatomia imperfeita do seu corpo. Basta uma palavra sua e meus olhos já percorrem lentamente seus lábios, olhos, pescoço, até entrarem em êxtase por encontrar uma manchinha escondida na nuca, despertando minha curiosidade em saber o quê mais existe em você que eu ainda não conheço. Vou estudando minuciosamente todos seus movimentos, trejeitos e manias, sem deixar você perceber que nosso diálogo virou um monólogo desde o começo. Você já detém a atenção de todas; uma a menos não faria diferença. Então, ignore meu semblante de fascínio e deixa-me aqui, divagando como seria se esses detalhes seus acordassem ao meu lado todos os dias.
quarta-feira, 5 de agosto de 2009
deixa ser
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
meu plano
Era só por um período, até eu conseguir assimilar que o real sentido das suas palavras destoava completamente do que eu entendia. Porque, antes, meu coração, sempre tendencioso e narcisista, tinha tomado o controle da situação e me impedia de enxergar que o vínculo que me unia a você já não era o mesmo que unia você a mim. A relação da gente passou de direta para inversamente proporcional, e era eu que me encontrava numa desvantagem gritante.
Mas, você não entendeu. E eu não podia justificar essa ausência e correr o risco de vê-lo sair correndo e nunca mais voltar. E, no meu plano, não existia a margem de erro que impedisse que eu voltasse. Eu sempre voltaria.
Também achei que meus anseios, tão latentes ao ponto de serem vistos a olhos nus, bastariam como explicação. Por isso, foquei somente nos meus passos, perfilhando tudo que me faria nivelar meus sentimentos aos seus, e não pensei nos efeitos colaterais que atingiriam você. Só que, de alguma forma, isso tudo o influenciou.
E agora, estamos aqui, separados por esse buraco negro, que tentamos tapar com conversas educadas e muita hipocrisia, fingindo que nada mudou.
domingo, 2 de agosto de 2009
defeito de fábrica
-como assim endoidou?
- eu aperto na tecla e ele não disca.
-aahhhhh já? Não era um aparelho do caralho, de última geração?
- ele é do caralho, mas tá dando defeito.
-querido, a única coisa aqui que é do caralho, mas que dá defeito, sou eu!
sexta-feira, 31 de julho de 2009
esfregando o ego no asfalto
- Se eu pensasse em você, provavelmente o desprezaria.
(diálogo do filme Casa Blanca)
quarta-feira, 29 de julho de 2009
ponto de partida
segunda-feira, 27 de julho de 2009
desassossego
Mas, é só seu olhar ir de encontro ao meu e todo meu corpo entra em colapso. Meu coração, que já vinha numa batida sôfrega e lenta por tristeza de funcionar sem você, bate em descompasso, como se quisesse acompanhar o ritmo do seu. Enquanto isso, eu faço um esforço sobre-humano para me manter de pé, porque minhas pernas já entraram em dormência profunda, atrapalhando minha vontade de sair correndo dali e evitar que você perceba meu rosto ruborizar. Em fração de segundos, você rouba meu oxigênio e me impede de pensar com coerência, misturando o certo e o errado e espantando de vez toda a razão que me protege de você.
Então, quando me encontrar na rua, entenda se eu desviar seu olhar do meu. É que eu ainda preciso de todo meu corpo funcionando em cadência constante para que eu consiga dar um passo à frente e deixar você para trás.
domingo, 26 de julho de 2009
Alta noite já se ia
Quando finalmente conseguiste escutar
Os pensamentos que tentaste calar
Entre as buzinas dos carros
E o caos da manhã
Mas tão logo que te permites divagar
Já surge um inconsciente bloqueio
Que te faz não querer mais pensar
Sobre o que te fez chegar onde estás
É concebível para ti
Viver nesse conflito interno
Entre o “se” e o não
Criando um plano paralelo
Ressuscitando personagens
Nesse palco de alucinação
Montas um enredo quase que perfeito
De amor, luxúria e tentação
Mas a aurora te desperta
Dessa doce e suave fantasia
De que é possível construir castelos
Com migalhas de lembrança e nostalgia
É quando atentas então
Para a crua realidade
De que o que refúgio que criaste
Não passa de uma fina mistura
De ficção, memórias e contraste
quinta-feira, 23 de julho de 2009
à francesa
sexta-feira, 17 de julho de 2009
com licença, você vai embora
Esqueça as ligações intermináveis, em que falávamos coisas só de nós dois. E, mais ainda, aquelas em que nada se conversava e que apenas pairava um silêncio profundo, mesmo que se estivesse desmaiando de sono, ou às vezes até dormindo, porque a vontade naquele momento era apenas a de sentir o outro perto.
Você se resumirá a mais um capítulo mal resolvido e bem encerrado, cheio de reticências e espaços em branco, onde não existe mais "eu e você", assim, unidos por uma conjunção aditiva. E sim você, de um lado, e eu, no outro extremo, separados por um ponto final.
Mas, para isso, terei que fazer uso de todas as minhas forças mentais e esgotar todo o meu potencial de racionalidade, mesmo que eu corra o risco de sofrer um AVC. Só assim eu consigo condicionar a minha cabeça a mandar no meu coração. Porque esse ainda não pensa, só sente. E, ultimamente, sente muito a sua falta.
quinta-feira, 16 de julho de 2009
quanto mais eu rezo...
larguei o terço
e virei agnóstica
Para me livrar de você
tomei whisky
e vergonha na cara
segunda-feira, 29 de junho de 2009
2 pés atrás
auto-sabotagem
Eu, que às vezes desconfio até de mim mesma, pois minha própria cabeça já me confundiu algumas vezes e me deixou desse jeito, andando como se pisasse em ovos o tempo inteiro.
Eu, que no mínimo sinal de perigo, já disparo uma sirene de ambulância dentro de mim, que me alerta para sair correndo e pular fora.
Mesmo assim, eu acreditei em você.
Óbvio que não dei ouvidos a muita coisa. Sabia que algumas palavras que saiam da sua boca, sem o menor compromisso e disparate, faziam parte do seu repertório. Mas, de alguma forma, me deixei levar.
Quando dei por mim, eu era sua, e você era apenas um personagem, com pseudo-sentimentos e frases de efeito. Mas, não foi mérito seu.
Eu é que fui tola e não percebi que, enquanto prestava atenção nos seus passos para não ser enganada por você, meu próprio coração, em conluio com meu inconsciente, já me sabotavam e estavam prestes a me trair.
domingo, 28 de junho de 2009
Neverland
Sua imagem se reduziu a um vulto cinza e embassado.
Onde eu me encontro, você é apenas ilusão. Algo que não existiu de fato, só em pensamento. E hoje, esses pensamentos sequer existem mais.
E, mesmo que um dia eu sinta necessidade de preencher algum vazio e queira lembrar tudo que representa você, vai ser impossível. Pois eu não sei o caminho de volta.
Não perca tempo tentando me achar. Não acho que você seja capaz de encontrar.
Eu fugi para a realidade, meu bem.
Racumim
sexta-feira, 26 de junho de 2009
prazer de comer bem
tempere
jogue pimenta
e sal à gosto
mas, depois de comer
não venha me dizer
que o gás acabou
e me negar fogo
Prendado
Pintar e bordar
À vontade
Só deixe avisado
quando você cansar
de brincar de dona de casa
Fora de moda
Que essa coisa
De gostar do que não presta
Do malfeito
E inacabado
Ficou démodé
*referência a um escrito de Clarice Lispector. Para quem não conhece:
"O que obviamente não presta sempre me interessou muito. Gosto de um modo carinhoso do inacabado, do malfeito, daquilo que desajeitadamente tenta um pequeno vôo e cai sem graça no chão"
quarta-feira, 24 de junho de 2009
segunda-feira, 22 de junho de 2009
Eu não quero mais você. Agora, não mais. Eu sei que é chocante, e parece intriguinha de garota mimada só para chamar sua atenção, já que eu sempre me derreto só de ouvir sua voz e vou até você toda vez que você sinaliza me querer. Noutros tempos, ficaria uma semana em casa, enfiada embaixo do edredon, só de pensar em não te ter por perto, à minha vista ou nos meus pensamentos. Não agüentaria dizer isso assim, tão abertamente, correndo risco de nunca mais sentir você dentro de mim.
Mas, agora é diferente. Hoje eu quero ficar só e poder sentir meu coração realmente vazio. Quero ouvir Chet Baker e Radiohead e não ter ninguém em quem pensar. E, quem sabe, até sofrer por isso. Ter certeza de que “felizes para sempre” é coisa de roteirista meia boca, que não sabe como concluir uma história e empurra essa balela antes dos créditos finais só para a gente sair sorrindo do cinema e não atestar sua incompetência. Quero ter minhas noites de insônia tentando organizar a bagunça da minha vida e ver que você sequer apareceu de relance na minha faxina mental, ou que, no mínimo, foi parar embaixo do tapete, junto com as sujeirinhas que a gente nao faz questão de guardar. Quero me frustrar e perder meu dia porque não tenho mais inspiração pros meus textos tristes e melancólicos.Quero acreditar em Quintana quando ele diz que "é tão bom morrer de amor e continuar vivendo".
Só espero que esquecer você também seja somente uma questão de querer.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
ponto de ebulição
em banho maria
eu discordo
acho que você me cozinha, sim
mas em alta potência
quinta-feira, 4 de junho de 2009
era uma vez... e nunca mais
São quase cinco da manhã. Você ainda dorme e eu preciso ir embora. Me perdoe, meu bem, mas hoje eu não vou me despedir. Antes de levantar da cama, eu não vou beijar seus olhos e esperar eles sorrirem de volta para mim, como faço quase todas as manhãs. E nem continuar ao seu lado, abraçada a você, querendo que o tempo pare naquele momento. Acredite, nada me faria mais feliz do que esperar você tirar as peças de roupa que vou vestindo, só para eu ficar deitada com você um pouco mais. Mas, eu não vou. Não dessa vez. Não vou agüentar sentir o peso dos seus olhos seguindo meus passos em direção à porta, até eu virar para trás e vê-lo me espiar, com o cobertor até o nariz.
Porque, diferente das outras vezes, eu não pretendo voltar.
A culpa não é sua. É que eu ainda não consegui distinguir quando seu “não” quer dizer sim, e quando seu “sim” não quer dizer absolutamente nada. Ou, talvez, minha cabeça esteja confusa demais para recorrer às minhas aulas de interpretação de texto do colegial e tentar decodificar suas mensagens subliminares, bem como fazer com que você entenda que “não sei” não é resposta, independentemente da pergunta que se faça.
Falta equilíbrio emocional em mim para suportar seu comportamento volúvel de menino mimado, que quer tudo, mas não sabe o que esse tudo representa.
Pode até ser que eu sinta sua falta e perceba o quão difícil é encontrar outra pessoa que agüente meus momentos de brabeza e consiga me adular até me deixar calminha e doce novamente. Mas, nesse momento, eu não tenho mais forças para catar seus defeitinhos e montar um quebra-cabeça para decifrar você, porque hoje sou eu que me encontro aos pedaços.
Por isso, dessa vez, eu vou somente olhar para trás, confirmar que seus olhos ainda estão fechados e saber que deixá-lo dormindo foi a melhor coisa que eu poderia ter feito.
Porque eu ainda não aprendi a ser amada pela metade, enquanto eu amo por inteiro.
domingo, 10 de maio de 2009
Do lado de dentro
Se, num dia qualquer, eu bater a sua porta, você promete me deixar entrar? É que às vezes eu sinto essa necessidade premente de não ficar só e você, mais do que ninguém, consegue me fazer sentir completa. Eu deixo você conhecer meus segredos, aqueles que eu guardo numa caixinha imaginária, do lado do travesseiro. Mas, eu vou querer saber as suas verdades, aquelas só suas, e vou querer fazer parte delas também.
Prometo entender seus medos, mas você vai conviver com os meus e ter que dormir com o abajur aceso, porque você já conhece meu medo de escuro. Eu divido minhas alegrias e meu edredom com você. Mas, você vai ter que parar de fugir de mim toda vez que se assusta ou fica com medo do inseguro, porque ficar junto é muito mais do que certeza e segurança. Eu prometo te dar um beijo todo dia de manhã, e à noite também, além de outras coisinhas mais. Mas você vai ter que me prometer carinho e chocolates no domingo.
Você vai conhecer meus ciúmes bobos e minhas manias, e vai aprender a aceitá-los, porque eu sou muito mais fofa do que tudo isso e você não vai resistir. E vai entender também quando eu inventar brigas sem motivo e começar a chorar só para quebrar o gelo, porque eu tenho horror quando as coisas tendem a ficar entediantes. E se, num dia qualquer, eu tentar fugir de você e for embora, prometo não demorar em voltar. Porque você sabe que eu só faço isso por puro charme e pra ter certeza de que você me quer.
Então, quando eu bater, me deixa ficar pra sempre? Mas faça isso logo, e depressa. Antes que esse sentimento todo acabe e eu pare de me imaginar com você.