quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Carnavalia

neste carnaval
quero afastar a solidão

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dançando conforme a música
no ritmado descompasso da minha Inquietação

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vou me perder em outros bracos
ludibriar arlequins solitários
com as promessas que fiz só para você, meu bem
descerei as ladeiras do imaginário
roubando beijos errados
até encontrar o gosto amargo
que as nossas bocas têm
vou me fantasiar de colombina
pintar meu rosto com a alegria de folião
quem sabe assim eu despisto
meus olhos tristes em meio à multidão
se acaso me vires com outro alguém
acredite: foi mero lapso visual
pois Olinda em fevereiro
Todo semblante fica igual
mas, por favor, não se esqueça
do pacto silente que meu corpo fez
o meu cheiro é somente seu
e o seu é só meu também
portanto, perdoe logo
se eu me exceder ao te encontrar
pois quero reviver tudo e um pouco mais
enquanto a banda não passar
vou me embriagar de ilusões
provar do veneno do mal
me entorpecer do ópio corrosivo
perdendo a nocao do real
porque
morrer de amor, meu bem
não nesse carnaval