domingo, 26 de julho de 2009

Alta noite já se ia
Quando finalmente conseguiste escutar
Os pensamentos que tentaste calar
Entre as buzinas dos carros
E o caos da manhã

Mas tão logo que te permites divagar
Já surge um inconsciente bloqueio
Que te faz não querer mais pensar
Sobre o que te fez chegar onde estás

É concebível para ti
Viver nesse conflito interno
Entre o “se” e o não
Criando um plano paralelo

Ressuscitando personagens
Nesse palco de alucinação
Montas um enredo quase que perfeito
De amor, luxúria e tentação

Mas a aurora te desperta
Dessa doce e suave fantasia
De que é possível construir castelos
Com migalhas de lembrança e nostalgia

É quando atentas então
Para a crua realidade
De que o que refúgio que criaste
Não passa de uma fina mistura
De ficção, memórias e contraste

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