domingo, 13 de junho de 2010

O quão distante é preciso ir
para viver uma vida roubada
milimetricamente inventada
sem que se sinta a culpa de mentir?

São necessárias quantas ilusões
para que se torne verdade
essa versão utópica da tua história
que destoa de toda tua realidade?!

Quanto tempo ainda te falta
Até tua máscara cair
para que aceites de volta a velha vida
E pares então de fugir de ti?

O que te faz pensar
Que devemos ao mundo
E a todos que nele circulam
Mais do que eles puderam nos dar?

Analise o teu redor
Só assim conseguirás entender
A angústia que te corrói
E o vazio que não consegues preencher

Saberás então
Que se esquivar da própria essência
É a maneira mais longa e tola
De se livrar dessa dormente torpeza

Sendo o que não és
Esquecendo o que já se foi
fantasiando o aqui e o agora
sem se importar com o amanhã e o depois

7 comentários:

  1. como sempre Caroxa, minha vida se enquadra tao bem dentro disso que mais parece q tive uma sessão de psicanálise contigo antes de tu escrever.....ai ai ai....

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  2. lindo texto!acho que todo mundo tem um pouco de bipolaridade,que seja construtiva,sempre.

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  3. tinha que sua.
    bela e verdadeira

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  4. Quem se cristaliza em sua essência, se anula. O que é a vida se não uma constante fuga de si para si? =]

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  5. Adorei o texto, é exatamente o que nós(pobres mortais) queremos expressar. Fica para você que tem sensibilidade e sabe escrever muito bem.
    Parabéns! E escreva mais.

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  6. O quão distante é preciso ir
    para viver uma vida roubada
    milimetricamente inventada
    sem que se sinta a culpa de mentir.

    um aspecto assim me comove bastante.
    Juan Olmedo.

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